A sustentabilidade virou a palavra da moda. Em termos simples, podemos dizer que sustentabilidade é agir conscientemente no tempo presente não perdendo de vista nossa responsabilidade com gerações futuras.
No mundo atual, o capital sempre fala mais alto que o cuidado pela terra, o próximo e a ética. As trágicas conseqüências desta escolha capitalista já se fazem ouvir. Diante disto, alguns apreensivos pela assombrosa possibilidade de cessar seus lucros e outros pela mudança paradigmática quanto à responsabilidade socioambiental têm dirigido, ou procurado, dirigir suas ações para o desenvolvimento sustentável, agricultura sustentável, sustentabilidade do negócio. A seriedade com que alguns têm tratado o conceito de sustentabilidade é tão grande que há deles que não se limitam apenas a sua atividade interna e sua relação com os clientes, vão além, exigindo de seus fornecedores e parceiros comerciais a responsabilidade social, por entender que sem a mesma não há sustentabilidade. Por exemplo, o Banco Real, que prefere pagar mais caro, contudo só fecha com empresa de motoboys se a mesma registra seus funcionários. Por fim, constatou-se que há menos acidentes, maior fidelidade do empregado, redução no prazo da entrega e... já não custa mais caro para o banco. A mesma instituição financeira só financia projetos empresariais, isto é, só concede empréstimos, apenas se os mesmos forem aprovados do ponto de vista socioambiental. O que descobriram? Que quanto melhor é uma empresa em sua responsabilidade socioambiental, melhor é sua performance de crédito.
Ao observar o comportamento humano percebe-se que não é conhecimento, nem tradição, nem experiência que nos leva a fazer certo as coisas certas. É necessário decidir fazê-lo custe o que custar. E a sustentabilidade da liderança é uma questão de decisão. Dentre outros temas relevantes a esta sustentabilidade, como coach, trabalho em equipe, comunicação, confiança, hulmildade, espiritualidade, reconhecer suas vulnerabilidades, reconhecer suas limitações, ter postura correta diante das oposições e tantos outros eu escolhi falar do inverso, o esgotamento da liderança.
Uma liderança não sustentável caminha inevitavelmente para o esgotamento. Como também um esgotamento prolongado minará completamente sua liderança. Há líderes num ativismo insustentável, não sabem o que são férias, nem descanso; outros chegaram a um ponto de esgotamento que o que eles desejam é apenas a ociosidade sustentável - são líderes que já não frutificam - só sobrevive às custas de sua equipe. Situações como estas prenunciam sua breve demissão ou o fim de sua empresa.
Lutzer cita os quatro tipos de personalidades que o Dr David Congo relaciona como candidatos ao esgotamento, são pessoas:
- Com grande necessidade de aprovação
- Viciadas em trabalho
- Vítimas passivas e sem opinião própria
- Com “complexo de messias”
Não é difícil perceber que as quatro características citadas possuem em comum uma entrega sem limites, embora suas motivações possam ter explicações emocionais, psicológicas, sociológicas, filosóficas e teológicas diferentes. Se você deseja exercer uma liderança sustentável terá que reconhecer que você não é o “salvador do mundo”. Há líderes se auto-destruindo, estragando seu relacionamento conjugal, abandonando seus filhos aos cuidados de terceiros, por se julgar a solução para todos os problemas de sua empresa e de seus projetos, e que nada anda ou funciona corretamente se ele não estiver presente, acompanhando cada movimento de seus liderados; um monitoramento intimidador que leva a baixa produtividade ou geração de produtos/serviços insatisfatórios.
Workaholic, viciados em trabalho, possuem dificuldade em relaxar e descansar, sentem-se mal, muitas vezes culpados por tirar um final de semana para o descanso e lazer com a família. Férias, então, nem pensar, devido à insegurança de seu valor na equipe.
Os ansiosos pela aprovação como os sem opinião própria, por um tempo podem até tirar vantagem do que escreveu A W Tozer, a respeito da ilusão de nosso tempo, há pessoas que “aprenderam a igualar popularidade e excelência”, “e os mais barulhentos e notórios em seu meio como os melhores e maiores”. No entanto, por fim a busca de agradar a todos resultará inevitavelmente numa liderança sem alvo que aponta sua ausência de fundamento com conseqüente fracasso do projeto.
Esgotamento não se resolve com 15 ou 30 dias de férias. Tenha descanso regular e férias. Você verá que sua liderança renderá muito mais tanto na curva de produtividade, quanto na linha do tempo, porque você resolveu respeitar os limites que Deus impôs a você, motivo pelo qual Ele estabeleceu o princípio do descanso.
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